Após tentar várias vezes e não conseguir engravidar, qualquer tratamento cria expectativas. Afinal, este é um período cheio de emoções e, principalmente, de ansiedade. Será que vai dar certo? Será que dessa vez vamos conseguir?
Tratamentos para casos mais simples
Ajuste de peso, dieta e hábitos de vida
Muitos casais podem engravidar naturalmente, sem a necessidade de entrar com medicação. Assim, seu bebezinho pode vir a este mundo com ajustes simples, tais como:
- perder peso
- adotar uma dieta saudável
- abandonar o cigarro
Isso é válido tanto para a tentante quanto para seu parceiro.
O peso, por exemplo, pode causar desequilíbrio hormonal na mulher. Entando com níveis alterados de hormônios, a ovulação pode não ocorrer como esperado, dificultando a gravidez.
Embora o cigarro seja lembrado apenas como vilão para os pulmões, ele prejudica bastante a fertilidade de um casal. Nas mulheres, diminui a qualidade dos óvulos e acelera a perda da reserva ovariana. E nos homens, diminui a quantidade e a motilidade dos espermatozoides.
Tratamento clínico
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um exemplo de situação em que podemos indicar a indução medicamentosa da ovulação. A SOP consiste em uma alteração na regulação fisiológica de alguns hormônios. Então ocorre o aumento da insulina e dos hormônios masculinos, que causa irregularidade menstrual e infertilidade, por deficiência na ovulação.
Ou seja, devido ao desequilíbrio hormonal a mulher raramente ovula e, sem liberar um óvulo, não tem como ocorrer a fecundação com os espermatozoides. A fim de corrigir este problema, o ovulação é estimulada por meio de hormônios. E para ter um resultado melhor, a mudança do estilo de vida, com alimentação equilibrada e exercícios regulares são essenciais.
Além dessas medidas, pode ser necessário indução da ovulação para relação sexual programada, sendo o letrozol a droga de escolha. Caso não funcione após 3 a 6 tentativas, há indicação de tratamento de alta complexidade com a técnica de fertilização in vitro.
Outro caso que também envolve o tratamento medicamentoso são as mulheres com hipotireoidismo. Uma doença autoimune comum, que leva à diminuição da função da tireóide. E a deficiência na produção dos hormônios tireoidianos pode provocar:
- diminuição das taxas de sucesso nos tratamentos de reprodução assistida
- abortos
- alterações neurológicas no feto
Portanto, é extremamente importante fazer reposição hormonal, com levotiroxina. Dessa maneira, podemos restabelecer a fertilidade e o casal pode até engravidar naturalmente. O ideal é que as mulheres com hipotireoidismo, mantenham níveis de TSH menores que 2,5.
Cirurgias
Tentantes com pólipos, miomas ou alterações anatômicas no útero ou nas trompas, podem ser tratadas com procedimentos menos invasivos e mais eficazes, que são a videolaparoscopia e a vídeo-histeroscopia.
A principal diferença entre as técnicas é que na videolaparoscopia é realizado um pequeno corte na pele da pelve, para introduzir uma câmera na cavidade abdominal, indicada para tratamento de endometriose, miomas, além de alterações tubárias.
Por outro lado, na vídeohisteroscopia, a câmera acessa o útero pelo canal vaginal, para avaliação da cavidade uterina, onde o bebê é gerado, e não envolve cortes.
Temos também a reversão da laqueadura. Muitas mulheres fazem a laqueadura acreditando que é um método contraceptivo. No entanto, trata-se de um procedimento de esterilização. Então a reversão pode trazer uma nova chance de ser mãe para mulheres laqueadas, mas nesses casos a fertilização in vitro geralmente é a melhor opção.
Com relação ao fator masculino, as cirurgias mais comuns são a de reversão da vasectomia e de correção da varicocele. Para reverter a vasectomia, é necessário unir novamente os canais deferentes que haviam sido obstruídos.
Para finalizar o processo, depois de 45 dias deve ser feito um espermograma, que avalia não só a quantidade de espermatozoides no sêmen, mas também sua morfologia e motilidade.
Quanto à varicocele, esta é uma doença em que ocorre dilatação dos vasos testiculares, o que felizmente pode ser revertido com tratamento cirúrgico na maioria das vezes.
Coito Programado
O coito programado é a técnica de reprodução assistida mais simples para lidar com a infertilidade conjugal. O bebê é gerado de uma maneira mais natural, sem necessidade de uma estrutura laboratorial.
Mas como funciona? Por meio de uma avaliação do desenvolvimento dos folículos, com ou sem medicação, é possível prever o período fértil e as relações sexuais são programadas.
O coito programado é mais indicado para casais mais jovens, de preferência mulheres com menos de 35 anos, em que a causa da infertilidade seja um distúrbio ovulatório, sendo comumente utilizado para mulheres com síndrome dos ovários policísticos.
Tratamentos para casos mais complexos
Congelamento de óvulos para preservação da fertilidade
O congelamento não é garantia de gravidez, mas uma mulher que congela óvulos aos 35 anos, tem 10 vezes mais chances de engravidar aos 40 anos. A fim de coletar os óvulos é necessário fazer uma estimulação dos ovários com gonadotrofinas e acompanhar o crescimento dos folículos a cada 2 dias.
Após a maturação final dos óvulos, fazemos a coleta no centro cirúrgico. Em seguida, os óvulos são congelados pela técnica de vitrificação em nitrogênio líquido. A idade ideal para o congelamento é até os 35 anos, mas pode ser realizado em qualquer idade, com melhores resultados até os 37 anos.
Os óvulos podem permanecer congelados por tempo indeterminado. Então, quando chegar o momento ideal os óvulos serão descongelados e fertilizados com os espermatozoides do parceiro ou com sêmen de doador, nos casos de produção independente e casais homoafetivos femininos.
Inseminação artificial
A inseminação artificial ou inseminação intra-uterina é um tratamento que não precisa de ambiente cirúrgico, nem laboratório com tecnologia avançada. Apesar de simples, a técnica tem ajudado vários casais a engravidar. Neste tratamento, selecionamos os melhores espermatozoides do parceiro e os transferimos para dentro do útero da tentante.
A paciente será submetida à estimulação ovariana com hormônios (gonadotrofinas) para crescimento dos folículos ovarianos e controle de ultrassom seriado, que é indispensável. Após aproximadamente 10 a 12 dias do início da menstruação, será administrado um outro hormônio (hCG) para provocar a ovulação.
Então, 24h a 36h depois, será realizado um processamento seminal para selecionar os melhores espermatozoides. Na etapa final, estes espermatozoides selecionados são inseridos dentro da cavidade uterina com um cateter, semelhante a um exame ginecológico.
Temos resultados melhores desta técnica para mulheres com até 35 anos, sem fator tubário, com boa reserva ovariana e sem fator masculino grave, e com infertilidade menor que 2 anos, sendo a taxa de gestação no máximo 15% por tentativa.
Fertilização in vitro
A fertilização in vitro é o tratamento mais eficaz para a infertilidade. Para muitos casais, esta técnica é a solução capaz de transformar a tentante em uma gestante. A fertilização in vitro consiste em um tratamento de Reprodução Assistida de alta complexidade, isto é, que exige uma estrutura de laboratório de ponta.
Neste tratamento, são administradas doses de gonadotrofinas durante 10 a 12 dias, e 36h após a última medicação injetável, específica para disparar a ovulação, e fazer a maturação final dos óvulos, eles serão coletados em centro cirúrgico com punção vaginal guiada por ultrassom.
O parceiro participa fornecendo seu sêmen, que é coletado e processado no laboratório para seleção dos melhores espermatozoides. Cerca de 4h a 5h após a coleta dos óvulos, será injetado um espermatozoide em cada óvulo maduro.
Em média 70% a 80% dos óvulos serão fertilizados e dentro de 3 a 5 dias, os embriões obtidos são introduzidos na cavidade uterina com um cateter. As taxas de sucesso podem variar de 20% a 65% por tentativa.
Qual é o melhor tratamento para engravidar?
O melhor tratamento para engravidar é aquele que atenda as necessidades do casal, com o mínimo de desgaste financeiro e emocional. Cada casal tem suas particularidades e é por isso que precisamos cuidar do seu caso de maneira personalizada e individual.
Existem casais que passam anos sem saber o que os impede de ter filhos. E assim, fazem vários tratamentos de reprodução assistida sem sucesso. Então antes mesmo de pensar em tratamento, é uma prioridade conhecer as causas da infertilidade do casal. Afinal, o segredo para indicar o melhor tratamento está em uma investigação profunda das causas da infertilidade.
Somente depois de avaliar o casal é que poderemos pensar nas melhores alternativas para gerar um lindo bebezinho.
Não deixe de comparecer na sua primeira consulta
Sou o Dr. Antônio Miziara, especialista em Reprodução Humana e Infertilidade e ficarei muito feliz em ajudá-la a encontrar o melhor tratamento para você e seu parceiro!
Vamos fazer uma investigação completa do seu caso e juntos pensaremos em maneiras de realizar o seu sonho de ser mãe!
Estou te esperando!